Depois de dois grupos online (em formato de curso) e um grupo presencial (em formato de retiro), entendemos que para cuidar desse assunto tão complexo, que é a relação que temos com nossas mães, seria preciso uma jornada perene, contínua, com espaços onde pudéssemos conduzir e convidar o grupo a uma vinculação genuína – a partir das histórias individuais. É por isso que o Filhas da Mãe agora tem esse formato: vamos até dezembro de 2025 juntas, com um encontro mensal a cada primeira sexta-feira do mês, mais as 6 aulas gravadas, mais as apostilas, mais um grupo de partilhas e trocas no WhatsApp.
Durante o Filhas da Mãe, Lua Barros e Renata Magliocca seguram as mãos de cada mulher nessa travessia de cuidado e autoconhecimento, na busca por reescrever as nossas histórias com nossas mães, desta vez em primeira pessoa, nos enxergando como protagonistas dessa relação.
Um movimento que não tem hora, nem idade, nem época para fazermos – pode e deve ser agora. Um passo para ressignificar o papel dessa mãe e o nosso papel de filha, um caminho de construção de uma identidade emocional saudável, apesar dos ciclos de expectativa, de dor, de mágoa.
A relação mãe e filha é cercada de questões práticas e subjetivas, que nos atravessam em muitos aspectos, mesmo que a gente não queira ou queira muito. Escolhendo ou não a maternidade, somos todas filhas e olhar para essa relação é nos lançar em um mar – muitas vezes difícil de navegar. As dores e os julgamentos se misturam com os fatos e as ausências, criam narrativas que podem, mas não devem, nos aprisionar.
E por que isso acontece?
Porque existem muitas expectativas sociais e culturais em relação à mãe e tudo o que ela precisa fazer na condução de sua família. Cada uma de nós tem a sua lista particular de atitudes e gestos que uma mãe pode ou não pode ter, deve ou não fazer, criando, assim, uma teia de julgamento que nos prende.
Além disso, a visão sobre essa mãe muitas vezes está ancorada nas dores e ausências da infância, daquelas crianças que sentiram mágoa, medo, raiva e até hoje se mantêm fiéis a essa conduta, sem abrir espaço para as transformações necessárias e ao crescimento que a relação mãe e filha nos pede.
Olhar para relação mãe e filha sem apontar caminhos ou estabelecer certos e errados é um processo intenso e necessário para uma vida mais fluida e possível e esse é o nosso convite. Foi para abrir essa conversão tão delicada e muitas vezes dolorida, que nós criamos o Filhas da Mãe, um percurso de estudo e trocas gentis para que a gente desperte para novas possibilidades de enxergar e contar a história da relação que tivemos, temos e podemos ter com nossas mães.
A gente não tem a solução para a relação com a sua mãe. O que a gente tem é o desejo de dialogar sobre algo que nos marca profundamente e diz muito sobre quem somos. Filhas da Mãe não é um curso, não é um passo-a-passo. É um encontro potente para a elaboração de faltas, ausências e excessos, que compõem a nossa história e que estão mais em nós do que gostaríamos.
A infância dessa mãe, a infância da filha e como elas, Intimamente, se relacionam.
A necessidade de ruptura na busca pela falta ou excesso dela em outras pessoas.
O primeiro encontro de duas mulheres adultas e o desencontro que isso pode gerar.
O processo de distanciamento temporal e como ele impacta o passado e o presente.
A velhice, a morte, as inúmeros partidas e o acerto de contas.
Os processos de biomimetismo da natureza e das nossas relações mais intimas.
Eles ficam gravados e disponíveis.
Sim!
No nosso grupo do WhatsApp. Depois de se inscrever, você receberá o link de acesso no email que cadastrar na compra.
Não. Diferente de outros cursos da Rede Amparo, esse percurso não é de formação [acadêmica ou técnica], mas sim de formação humana e afetiva. Um espaço de troca, aprendizagem coletiva. Você não terá um certificado para pendurar na parede, mas terá palavras para guardar no peito.